Justiça Divina e Justiça dos Homens

Justiça Divina e Justiça dos Homens.

Sejam bem-vindos! Somos um blog de divulgação da Doutrina Espírita em assuntos que guardam relação com o Direito e a Justiça. Nosso principal objetivo é comentar temas jurídicos da atualidade, sempre à luz do Espiritismo. Naveguem com o Mestre Jesus!

A lei de Deus é perfeita e invariável. As leis dos homens são imperfeitas e evoluem ao longo dos tempos, sendo apropriadas aos costumes e ao caráter dos povos (interpretação do blog sobre o Capítulo I, itens 1 e 2 de "O Evangelho segundo o Espiritismo)



sábado, 8 de outubro de 2011

Isonomia Jurídica e Desigualdades Humanas à Luz da Doutrina Espírita - Programa Espelho da Vida - Rádio Boa Nova - música Someday com Celtic Woman


No Brasil, a Constituição Federal de 1988, assim como a maioria das constituições modernas, consagra o valor da igualdade entre todos os seres humanos. Assim o faz veiculando o princípio constitucional da isonomia material, traduzido na máxima: "Tratar os iguais de forma igual, e os desiguais de forma desigual".

Para satisfação da garantia, a legislação estabelece privilégios para as pessoas menos favorecidas sob diversos aspectos. Alguns exemplos são reservas de vagas para deficientes físicos em concursos públicos, meia entrada para estudantes, transporte gratuito para idosos, preferência em filas para gestantes, seguro para desempregados, benefícios assistenciais para famílias carentes etc.

O objetivo de tratar os desiguais desigualmente é torná-los iguais de fato.

À luz da Doutrina Espírita, é importante ressaltar que as desigualdades humanas são consequência da individualidade do Espírito e da sorte de provas ou expiações escolhidas. No planejamento reencarnatório de cada qual, estão vivências diferentes, escolhidas como regra, ou impostas excepcionalmente, sempre adequadas ao grau de evolução do ser reencarnante, aos erros pretéritos a serem resgatados, às virtudes a serem cultivadas e defeitos a burilar.

No mundo imperfeito que é a Terra, essas condições desafavorecidas constituem verdadeiros desafios, consubstanciados em obstáculos tais como preconceito, abandono, desrespeito, indiferença, discriminação, entre outros.

Por enquanto, no estágio em que se encontra o nosso planeta, ainda na transição de plano de provas e expiação para mundo de regeneração, permanecem necessárias as leis humanas que estabelecem privilégios para garantir a isonomia. Mas com a evolução da Terra e da humanidade de espíritos aqui encarnados, essa legislação, gratadativamente, tornar-se-á desnecessária, sendo paulatinamente substituída por condutas repletas de compreensão, solidariedade, caridade, amor, fraternidade, compaixão e respeito para com os chamados "desiguais".

E estaremos assim mais próximos da Igualdade Divina, marcada pela máxima "a cada um de acordo com suas obras", porque Deus dá oportunidades para todos.

Para um maior aprofundamento, recomendamos a todos que cliquem abaixo e ouçam uma marcante edição do programa Espelho da Vida, veiculado pela Rádio Boa Nova. A partir da análise da belíssima música "Someday", interpretada pelo grupo irlandês Celtic Woman, a equipe do programa, produzido pela Rádio Boa Nova de Sorocaba, faz uma feliz abordagem espírita sobre os temas isonomia  jurídica e desigualdades humanas:


Ouça Aqui
Finalmente, para encerramos com muita paz de espírito esta incursão sobre tão importante assunto, fiquemos com a imagem da linda intepretação da música Someday pelo grupo Celtic Woman:


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Aniversário de Allan Kardec - Poema: "Jesus, Kardec e a Terceira Revelação"



Deus é o Pai, é o nosso Criador,
Seja suave, seja com alguma dor,
Pelo caminho ou no último estertor,
Ele nos deu muito dom para o amor.

Veio Jesus ensinar a caridade,
De coração, sem orgulho ou vaidade,
Ricos exemplos que exprimem a verdade,
Ensinamentos rumo à felicidade.

Veio kardec como codificador,
Após dois mil anos, nosso grande educador,
Espiritismo sua palavra de amor,
Reencarnação o seu toque de esplendor.

Vamos buscar essa nossa evolução,
Vamos viver essa grande inovação,
Para depurar esse nosso coração,
Desabrochar toda boa intenção.

Homenagem a Kardec: Essência da Relação entre Espiritismo e Direito

 

 

A ESSÊNCIA DA RELAÇÃO ENTRE ESPIRITISMO E DIREITO ESTÁ EXPLICADA NOS 7 PRIMEIROS ITENS DO CAPÍTULO I DE "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. NESTE DIA 3 DE OUTUBRO, EM QUE COMEMORAMOS O ANIVERSÁRIO DE REENCARNAÇÃO DO CODIFICADOR ALLAN KARDEC COMO HIPPOLITTE LEON DENIZARD RIVAIL (3/10/1804), ESPIRITISMO & DIREITO FAZ QUESTÃO DE LEMBRAR DESTA PRIMOROSA PASSAGEM DA CODIFICAÇÃO:

As Três Revelações: Moisés, Cristo e o Espiritismo

                1 – Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para dar-lhes cumprimento. Porque em verdade vos digo que o céu e a Terra não passarão, até que não se cumpra tudo quanto está na lei, até o último jota e o último ponto. (Mateus, V: 17- 18)

MOISÉS


                2 – Há duas partes Distintas na lei mosaica: a de Deus, promulgada sobre o Monte Sinal, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável, a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.
                A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
                I – Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não adorarás nem lhes darás culto.
                II – Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
                III – Lembra-te de santificar o dia de sábado.
                IV – Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
                V – Não matarás.
                VI – Não cometerás adultério.
                VII – Não furtarás.
                VIII – Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
IX – Não desejarás a mulher do próximo.
                X – Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.

                Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a servidão do Egito. Para dar autoridade às leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A Autoridade do homem devia apoiar-se sobre a autoridade de Deus. Mas só a idéia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco desenvolvidos. É evidente que aquele que havia estabelecido em seus mandamentos: “não matarás” e “não farás mal ao teu próximo”, não poderia contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever. As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.

CRISTO


                3 – Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja: desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. Eis porque encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e ao acrescentar: “Esta é toda a lei e os profetas”.


                Por estas palavras: “O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas conseqüências. Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo? Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objetos da mesma solicitude.
                4 – Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão. Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus, ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas idéias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. Essas idéias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas idéias. Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.

O ESPIRITISMO


5 – O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material. Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural, mas, pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente atuantes da natureza, como a fonte de uma infinidade de fenômenos até então incompreendidos, e por essa razão rejeitados para o domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo se refere em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse ficaram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
6 – A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés, a do Novo Testamento, no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. Mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários. Trata-se, de qualquer maneira, de uns seres  coletivos, compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo de suas luzes, para fazê-los conhecer esse mundo e a sorte que nele os espera.
                7 – Da mesma maneira que disse o Cristo: “Eu não venho destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento”. Também diz o Espiritismo: “Eu não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento”. Ele nada ensina contrário ao ensinamento do Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que foi dito sob forma alegórica. Ele vem cumprir, na época predita, o que o Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. Ele é, portanto, obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou: a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra.