Justiça Divina e Justiça dos Homens

Justiça Divina e Justiça dos Homens.

Sejam bem-vindos! Somos um blog de divulgação da Doutrina Espírita em assuntos que guardam relação com o Direito e a Justiça. Nosso principal objetivo é comentar temas jurídicos da atualidade, sempre à luz do Espiritismo. Naveguem com o Mestre Jesus!

A lei de Deus é perfeita e invariável. As leis dos homens são imperfeitas e evoluem ao longo dos tempos, sendo apropriadas aos costumes e ao caráter dos povos (interpretação do blog sobre o Capítulo I, itens 1 e 2 de "O Evangelho segundo o Espiritismo)



terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Sentença condenatória de Jesus

 
 "No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo mundo. Monarca invencível na olimpíada cento e vinte ... sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS. Regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS. Pontífice sumo sacerdote, CAIFÁS, magnos do Templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CENTAURO. Cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME E SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente - EU, PÔNCIO PILATOS, aqui presidente do Império Romano, dentro do palácio e arqui-residente julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e Galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajuntando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Galiléia, dizendo-se filho de DEUS E REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do Sacro Templo, negando os tributos a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz nos ombros, para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homícidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao Monte da Justiça chamado de CALVÁRIO, onde, crucificado e morto, ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este títuto: JESUS NAZARENUS, REX JUDEORUN. Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a justiça por mim mandada, administrada e executada com todo rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob pena de rebelião contra o Imperador Romano. Testemunhas da nossa sentença: Pelas doze tribos de Israel: RABAIM DANIEL, RABAIM JOAQUIM BANICAR, BANBASU, LARÉ PETUCULANI. Pelos feriseus: BULLIENIEL, SIMEÃO, RANOL, BABBINE, MANDOANI, BANCUR FOSSI Pelo Império Romano: LUCIO EXTILO E AMACIO CHILCIO
 
 
Comentários de Espiritismo & Direito
 
           Embora não tenhamos encontrado provas da autenticidade desse texto que circula amplamente pela Rede, não se pode negar que representa muito bem as notícias que, principalmente, os Evangelistas deixaram sobre a decisão que decretou a condenação do Mestre Jesus.
           Não destoa também das notícias dos amigos espirituais, como tantas que se extrai da obra de Emmanuel.
           Num mundo em que Direito e Justiça ainda se distinguem, pode-se dizer seguramente que, se alguma fidelidade guardar ao verdadeiro documento condenatório, além da sentença mais injusta de todos os tempos, certamente, podemos classificá-la como uma atrocidade jurídica, uma nulidade que não seria tolerado em tempos modernos e nações democráticas.
           Jesus não teve direito à ampla defesa e ao contraditório: não há menção a processo ou ao exercício do direito de defesa.
           Fundamentação frágil e genérica ao citar os "Decretos e Leis Romanas". Quais decretos, leis e dispositivos aplicáveis a cada acusação?
            E a pena? Onde estava prevista?
           Ausência de provas e grave ofensa ao princípio da presunção de inocênncia: nenhuma prova dos fatos foi mencionada pelo julgador Pilatos. E as testemunhas, poder-se-ia argumentar? São testemunhas do ato processual sentença e não dos fatos que levaram à sua prolação.
***
            Neste Natal, em que comemoramos mais um Aniversário de Jesus, pode parecer contraditório lembrar do ato que levou ao Seu desencarne. Mas estamos falando do Mestre que a cada dia nasce em mais corações, que foi incompreendido durante sua passagem pelo corpo material e, no dia em que o deixou, só nos deu mais um exemplo entre tantos que marcaram Sua passagem pela Terra, ou seja, na verdade, com o Seu sacrifício, nasceu mais um pouquinho para a Humanidade terrena.
 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Proposta de Alteração da Legislação Anti-Drogas - Comentários do Blog e palestra de Divaldo Pereira Franco

Está circulando nas redes sociais um abaixo-assinado com proposta de alteração da legislação brasileira anti-drogas. A proposta é transformar a política ineficiente brasileira em modelo que, segundo os defensores da proposta, foi iniciado com sucesso em Portugal -- um modelo com foco no tratamento dos dependentes não violentos, liberando assim os recursos policiais para o enfrentamento do crime organizado e para a redução da violência.

A bandeira soerguida pelos defensores da proposta é tratar os dependentes químicos como doentes, e não como criminosos. Ou seja, a questão do uso de drogas passaria a ser tratada, definitivamente, como questão de saúde pública, descriminalizada quando não associada a tráfico e outros crimes.

O argumento é parecido com o preconizado por quem defende a descriminzalização do aborto, mas com uma diferença fundamental. Além de questão de saúde pública, o aborto também representa um atentado à vida alheia e, por conseguinte, à Lei Divina ou Natural. Não pode ser descriminalizado. Já o consumo de drogas, quando desacompanhado de crimes tais como tráfico, furto, roubo etc., não atenta contra o próximo, representando, sim, uma agressão do usuário contra si próprio e um fator de desajuste em sua família. É uma questão que se resolve segundo as leis de amor e da reencarnação.

Para uma reflexão sobre a proposta à luz da Doutrina Espírita, recomenda-se o vídeo abaixo, de uma palestra sobre o tema proferida de maneira como sempre brilhante por Divaldo Pereira Franco, cujo título foi "O Papel da Família e as Drogas":



A opinião do venerando médium baiano, sempre respaldada nos primados do Cristianismo e nos princípios doutrinários do Espiritismo, é esclarecedora e leva à conclusão de que o dependente químico não-criminoso deve ser acolhido, e não punido. A dependência química deve ser prevenida no seio da família e, quando não evitada, também merece tratamento psicoterapêutico e médico-psiquiátrico, sempre com a maior proximidade possível dos familiares do paciente. E claro, isto não é possível fazer com os pacientes encarcerados nos superlotados presídios, mantidos pelo Poder Público em condições desumanas e inadequadas à função ressocializante que deveriam ter.

Por outro lado, não obstante a proposta em foco seja muito mais condizente do que a legislação atualmente em vigor que, nitidamente, vem falhando na questão das drogas, resta saber se é possível confiar nas instituições públicas? Mais especificamente, a dúvida que paira é se o Estado brasileiro terá capacidade para acolher os dependentes e proporcionar que sejam tratados, prevenindo efetivamente que nossos jovens venham a se tornar criminosos.

Fica, então, a pergunta: será que o Poder Público terá condições de implantar as medidas sócios-médico-educativas previstas no projeto de lei?

Quem puder, por favor se manifeste sobre o assunto em comentários. O debate é salutar e eventuais outras visões da problemática à luz do Espiritismo podem contribuir.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Visão espírita da descriminalização do aborto em casos de anencefalia - Comentários do blog e mensagem de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco






Para reflexão sobre assunto tão delicado, tendo em vista a recente decisão do Supremo Tribunal Federal pela descriminalização do aborto em casos de anencefalia do feto, transcrevemos aqui esclarecedora mensagem de Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo Pereira Franco.

A mensagem do iluminado Espírito, pela psicografia do venerando médium de Salvador, reflete a opinião do blog Espiritismo & Direito sobre o tema.

Gostaríamos apenas de acrescentar que, não obstante a infração à lei de causa e efeito, não devemos esquecer de que a bondade do Pai inclui indulgência e píedade. Logo, a equivocada escolha, se por um lado, representa o adiamento de um resgate e agravamento de um débito, por outro, não significa que as sábias e bondosas Leis Divinas propiciarão um abandono dos filhos, mas sim caminharão sempre no sentido da indulgência do Criador e em novas oportunidades de redenção.

De nossa parte, também à luz dos ensinamento de Jesus e das dádivas de conhecimento que a Doutrina Espírita nos proporciona, cabe a responsabilidade por uma postura de esclarecimento ao próximo, inclusive àqueles que, como os Ministros do Supremo Tribunal Federal, decidem os ditames das leis humanas. Porém, não devemos nos esquecer da indulgência e clemência para com as mães que, sob os auspícios da jurisprudência descriminalizadora, venham a dar o triste cabo do aborto à sua provação e à do espírito rejeitado. Como ensinou Jesus: "Não julguei o próximo como a ti mesmo" e "Aquele que não tem pecado, que atire a primeira pedra".


ANENCEFALIA

Joanna de Ângelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de abril de 2012, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.

De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.

O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.

Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.

Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.

Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.

Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.

Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.

Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.

Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...

Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.

Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...

Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.

*

É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.

Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.

Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.

Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central...

Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.

Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...

Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.

Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.

Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.

Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.

...E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.

Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...

A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.

As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.

Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?

O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida...

*

Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.

Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?

Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.

Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade

quinta-feira, 8 de março de 2012

Homenagem ao Dia Internacional da Mulher: Poema "Mãe", Erasmo Carlos - Mulher (ao vivo) e Alberto Almeida (O que mais deseja uma mulher)



No Dia Internacional da Mulher, Espiritismo & Direito homeageia a todos os Espíritos reencarnados na pele de uma mulher. Postamos aqui um poema intitulado "Mãe", já que a maternidade talvez seja a mais bela vivência da jornada terrena feminina. Depois, vamos ouvir e nos emocionar com a interpretação de Erasmo Carlos de uma das obras-primas de seu repertório de composições: a música "Mulher". E finalmente, convidamos você a assistir um trecho muito divertido de uma palestra do Dr. Alberto Almeida, que por meio de uma metáfora sobre o que mais deseja uma mulher, nos leva a refletir sobre o ego e a felicidade.




Mãe

Mãos iluminadas que afagam,
Lábios sublimes que aconselham.
Mãe, a mais humilde missionária,
Suporte de nossa luta diária,
Esteio da alma,
Espelho da calma,
Exemplo de ternura,
De pura candura,
Fonte inesgotável de amor e carinho,
Estrela que guia o nosso caminho.
Ser mãe é renunciar,
É abrir mão para amar,
É até contradizer
Se para o filho aprender.
Ser mãe é educar,
E acima de tudo apoiar,
Mas também repreender
Se para o filho entender.
Mãe esposa, rainha do lar
Luz da família, figura exemplar.
Mãe solteira, tarefa dobrada
Muitas vezes, na caminhada.
Mãe viúva, seu fardo é pesado,
Mas nada impossível de ser transportado.
Jornada materna, Divino permissivo
Desde o início, compromisso evolutivo.
E enfim, seja prova ou caridade,
Tarefa sagrada é a maternidade




Alberto Almeida: "O que mais deseja uma mulher"



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Operação de SP na "Cracolândia": comentários sobre as notícias, com vídeos de Divaldo Pereira Franco, José Raul Teixeira, áudio de edição do "Programa Nova Era" da RBN - Rádio Boa Nova e texto de Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier

SP usa 'dor e sofrimento' para acabar com Cracolândia

 "São Paulo - Baseados na estratégia de "dor e sofrimento" de usuários de crack, pela primeira vez Prefeitura e Estado definiram medidas para tentar esvaziar a cracolândia, que resiste no centro desde os anos 1990. Policiais na região do centro foram orientados a não tolerar mais consumo público de droga e a provocar abstinência entre viciados no local...".

 A notícia foi veiculada dois dias depois do início da operação na região da cidade de São Paulo conhecida como Cracolândia.


 A operação deflagrada recebeu críticas severas de setores mais esclarecidos da sociedade e repercutiu negativamente junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo, que logo anunciou a instauração de Inquérito Civil para investigar a operação, conforme noticiado pelo Portal G1:  

MP instaura inquérito civil para apurar operação na Cracolândia

Segundo Promotoria, operação espalhou o problema por toda a cidade.
Ação foi iniciada há uma semana no Centro de São Paulo.

“Essa operação põe por terra todo esse projeto, que prevê programas sócio-assistenciais e de saúde, que vinha sendo gestado. O Ministério Público não concorda com essa operação, porque o tráfico é uma questão de polícia, mas dependência química, não”, disse o promotor Eduardo Valério, de Justiça de Direitos Humanos - Inclusão Social.

“Dependência química é um problema de saúde e assistência social. Esta operação só está servindo para espalhar o problema por toda a cidade. Só está dificultando a abordagem dos agentes sociais, já que agora, a cada dia, os usuários com quem foi criado algum vínculo, algo fundamental neste tipo de trabalho, estão em lugares diferentes”, acrescentou.


Clique aqui para ler a notícia completa

Comentários do Blog Espiritismo & Direito:

     O problema das drogas constitui um dos mais calamitosos desastres da história da Humanidade, indubitavelmente, a maior provação que um ser humano pode enfrentar nos dias de hoje. Os acometidos não são fortes o suficiente para resistir às pressões psicossociais e sócio-espirituais (obsessões), buscando no "mundo das drogas" uma triste fuga, de consequências deveras infelizes e amplamente conhecidas. Assim contextualizando o problema, Divaldo Pereira Franco, em vídeo divulgado no Youtube,  defende que o problema só pode ser enfrentado com base no amor e no diálogo, de preferência, no seio da família. Para o venerando médium, o amor e o diálogo devem ser os elementos componentes dos processos da psicoterapia reabilitadora, assim como da psicoterapia preventiva, esta última, infelizmente, já não mais possível no caso da Cracolândia. 



      De forma bem mais pormenorizada pelo tempo de que se dispôs, o tema também foi abordado pelo sempre dedicado José Raul Teixeira que, valendo-se do seu inestimável dom professoral, tratou, durante o Programa Transição nº 100, dos seguintes aspectos do problema:

- O uso das drogas.
- Os efeitos das drogas para o Corpo Espiritual.
- Os efeitos das drogas após a “morte”.
- Os efeitos das drogas nas existências futuras.
- Conseqüências espirituais do mundo da drogas.
- Influências espirituais nos usuários de drogas.
- As terapias das Casas Espíritas.


     Sem qualquer intenção menos caridosa de julgar as autoridades públicas de São Paulo, que certamente resolveram atuar munidas das mais absolutas boas intenções, analisada à luz da Doutrina Espírita, a estratégia de "dor e sofrimento" adotada revela-se temerária e ineficiente. Isto também foi comentado por Silvio Lemos – Advogado e Colaborador da Casa Espírita Joaquim Alves  e Ercília Zilli – Psicóloga e Presidente da Assoc. Brasileira de Psicólogos Espíritas, em debate veiculado pela RBN - Rádio Boa Nova, durante o Jornal Nova Era, edição do dia 11/01/2012.

Confira aqui a íntegra do Programa
     Vale muito à pena conferir a íntegra do programa que, além de informar sobre realidades psicossociais do problema, ainda propiciou reflexões que podem resultar em conclusões sobre o problema e também em algumas alternativas jurídicas mais condizentes com a Doutrina Espírita, tais como as que nos permitimo apresentar abaixo:
  
- A ação desencadeada pode ser comparada a uma estratégia de colocar a cavalaria para dispersar uma ala de doentes de um hospital e, depois, ter que ir tratar cada enfermo em um local diferente.

- Como em São Paulo não há permissivo legal para internação compulsória, uma única técnica que vinha sendo adotada no local, ainda que de resultados a longuíssimo prazo, era a abordagem, mediante a tentativa de se criarem vínculos com as pessoas, visando-se conduzi-las espontaneamente à internação.

- Com a operação deflagrada, foram rompidos os poucos vínculos que, a duras penas, se vinha logrando êxito em estabelecer.

- Não se pode destinar ao viciado (um enfermo) o mesmo tratamento jurídico do traficante (autor de um crime legalmente classificado como hediondo);

- A repressão policial e criminal deve recair sobre o traficante e, no local em pauta, os traficantes não costumam se fazer presentes fisicamente;

- É possível criar uma legislação que contemple o tratamento compulsório, o que já existe em outras localidades, como é o caso do Rio de Janeiro em relação a menores de idade.

- A prevenção é o melhor caminho e a legislação deveria contemplar dotações orçamentárias públicas compulsórias e ações sócio-educativas obritatórias junto à família, à escola e à sociedade em geral.

    Por fim, nada melhor do que encerrar com os sempre oportunos ensinamentos de Emmanuel, pela dedicada psicografia do querido Chico Xavier, transcrevendo-se trecho de duas belas páginas intituladas "Abuso de Drogas", extraídas da obra "Caminhos de Volta", de onde se  colhem, para o para enfrentamento do problema das drogas,  outros vieses jurídicos compatíveis com os princípios espíritas e as leis morais do Criador, já adotados pelos nossos legisladores, mas até aqui objeto de insuficientes investimentos pelas autoridades públicas executoras ou financiadoras da execução das leis:

"Este é o quadro que se nos oferece hoje na Terra quase como sendo catástrofe mundial nos dois lados da vida humana. Todos sabemos disso e todos estamos procurando os melhores meios de erradicar a calamidade: – preceitos de justiça que controlem com segurança o fornecimento de psicotrópicos; apelos à medicina para que se lhes dificulte a indicação; combate às plantações de vegetais determinados, quando estas plantações lhes facultam a origem; ou restrições legais ao fabrico de semelhantes agentes para que se lhes reduzam as facilidades de acesso".

     Não obstante todo o exposto, porém, nunca se deve olvidar de que o melhor caminho é a dedicação em prol de uma família bem estruturada, em que se cultivem a atenção, a compreensão, o diálogo e o amor, como mais uma vez, no mesmo livro já citado, muito bem obtempera o iluminado Espírito Emmanuel: "Entretanto, lembramos ainda um ingrediente que pode e deve ser chamado à defesa geral contra a expansão do hábito pernicioso que se vai transformando atualmente em pandemia: – o apoio no lar aos corações fatigados ante as provas e desafios do cotidiano. A vivência da compreensão fraterna, que assegura o socorro incansável da tolerância construtiva é o antídoto da solidão e da fuga através das quais milhares de criaturas estão encontrando o processo obsessivo e o desequilíbrio, a enfermidade e a morte. Através da abnegação e da renúncia, usa o entendimento e a bondade, garantindo, quanto possível, a tranqüilidade e a segurança dos seres que te forem confiados e estarás vacinando o teu próprio ambiente contra as manifestações de quaisquer forças negativas".

     A todos os leitores, desejamos muita luz e perseveransa para enfrentarmos nossas fraquezas, tentações e demais imperfeições morais.

domingo, 1 de janeiro de 2012

ANO NOVO, EVOLUÇÃO ESPIRITUAL E TRANSIÇÃO DO PLANETA



ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO, QUE TUDO SE REALIZE NO ANO QUE VAI NASCER, MUITO DINHEIRO NO BOLSO, SAÚDE PRÁ DAR E VENDER!
     Cântico certamente muito entoado e ouvido nestes primeiras dias do Ano Novo e nos últimos instantes de 2011, a mensagem acima é de esperança e otimismo. Muito bonita, mas não deve ser vista sob um prisma materialista.
     Saúde prá dar e vender significa “Cuidar do corpo e do Espírito”. O corpo é uma dádiva de Deus, nosso instrumento evolutivo, a veste material de que nos revestimos para as provas e expiações que caracterizam a jornada terrena. O dinheiro, que representa e compra os bens materiais, também é uma necessidade de sobrevivência e um instrumento de conforto.
     Mas somos Espíritos eternos e não levamos o corpo daqui, muito menos o dinheiro e os bens materiais. Após desencarnarmos, só levamos os reflexos de como lidamos com a matéria, as verdadeiras aquisições são as espirituais.
     Portanto, equilíbrio é a palavra chave. Muito dinheiro no bolso e saúde prá dar e vender, mas tudo com equilibro.

Cuidar do corpo e do espírito

Tal qual estudante
à jornada escolar cada ano a retornar,
Se vai o ser errante
em estada programada reencarnar.

Para o estudante,
Seu livro básico é instrumento inesquecível.
Ao reencarnante,
O corpo físico é  indumento imprescindível.

Dedicado o bom aluno,
Tem momentos edificantes de leitura instrutiva.
No reencarne oportuno,
Ensinamentos importantes da aventura evolutiva.

Quem zela pelos materiais estudantis,
Garante o seu conhecimento.
Revela belos os ideais juvenis,
Diante do amadurecimento.

Quem trata do corpo com rigor,
Sempre facilita
Constata toda a sorte de dor
Que assim evita.

Estragar a saúde,
Reduz o prazo  de encarnação.
Mas cuidar amiúde,
Conduz ao êxito na provação.

Se tenho uma vida saudável
Constante e bem regrada,
Mantenho a partida inviável
Distante de minha estrada.

Quem tenta a sua paz espiritual,
E cultiva a oração, o senso e a paciência
Ostenta-se assaz perceptual
Na ofensiva do coração contra o peso na consciência.

A paz de ter a alma equilibrada
Remete à acuidade sentimental
Compraz o ser de calma abençoada
Reflete sanidade na veste material.

     O dinheiro e os bens materiais terrenos são para a vida terrena e devem ser administrados com altruísmo e parcimônia. Cada um o faz de acordo com seu grau evolutivo. A verdadeira riqueza que se adquire durante a existência terrena é o “ dinheiro ” espiritual amealhado.
     André Luiz, em “Nosso Lar”, fala-nos muito bem dos  bônus-horas, que são “moedas” representativas dos méritos decorrentes de nosso trabalho pelo próximo e pela comunidade. No plano terreno, ganhamos bônus-horas a partir de nossas transformações íntimas e dos atos meritórios praticados.
     A cada dia, quando deitamos a cabeça no travesseiro, devemos fazer um balancete de nossa conduta diária: acertos e erros. A cada passagem de ano, devemos fazer um balanço de nossos méritos e deméritos. E os projetos para um Ano Novo mais profícuo na seara evolutiva. Tudo porque, quando desencarnamos, vem a Auditoria sobre todos os balanços anuais. É aí que nossa consciência está liberta o suficiente para, com o auxílio da Espiritualidade,  conseguirmos mensurar se lucramos (evolução espiritual) ou se tivemos prejuízo (tempo perdido).

HOJE É UM NOVO DIA DE UM NOVO TEMPO QUE COMEÇOU, TODOS OS NOSSOS SONHOS SERÃO VERDADE, O FUTURO JÁ COMEÇOU.
     Esta outra música, veiculada todos os finais de ano pelo veículo de mídia mais influente de nosso país, fala de um Novo Tempo. É uma mensagem menos individual e mais coletiva. Igualmente uma mensagem de esperança e otimismo, reflete o sonho de uma humanidade melhor, que contrasta com pensamentos de Fim do Mundo, Cataclismas e Juízos Finais.
     A Doutrina Espírita nos esclarece muito bem sobre isto. Realmente, estamos vivendo um novo tempo, passando por uma grande transição de Mundo de Provas e Expiações para Mundo de Regeneração, para um planeta mais fraterno, em que a Terra só terá lugar para Espíritos decididos à prática do bem.
     Todavia, há duas observações que se deve fazer.
     Primeiro: a transição planetária não é instantânea, nem possui data marcada. Ocorrerá ao longo de várias gerações (avós, pais, filhos, netos, bisnetos).
     Segundo: diante de tantas tragédias, crimes, guerras, desajustes familiares e outras cenas tristes da vida contemporânea, podemos imaginar que a transição ainda não se iniciou. Todavia, ela se iniciou sim e a propensão ao bem já prevalece neste plano reencarnatório. O problema é que a mídia vive de notícias ruins. É o que repercute, o que dá IBOPE, pois embora já sejamos capazes de fazer o bem, ainda nos preocupamos demasiadamente com as tragédias e maldades veiculadas nos noticiários. Prevalecem as notícias de garotos da favela que se tornam criminosos sobre daqueles muito mais numerosos que, mesmo diante das adversidades, tornam-se homens de bem. A todo momento noticiam-se crianças abandonadas e vítimas de violência, mas pouco se vê sobre as crianças desamparadas que são acolhidas carinhosamente em famílias adotivas. Muito se fala de crimes de crimes passionais e tragédias familiares, mas não há espaços para histórias de amor e famílias exemplares e estruturadas.
     Mas o fato é que, nesse Mundo de Regeneração que está surgindo, somente poderão permanecer os Espíritos que tenham evoluído o suficientemente para tanto. Então nestes primeiros dias de 2012, um ano como qualquer outro, vamos fazer dele um ano decisivo para a nossa evolução moral, aproveitando as dádivas do Criador, os ensinamentos do Mestre Jesus e o esclarecimento sublime da Doutrina Espírita, porque...

Deus é o Pai, é o nosso Criador
                                                       Seja suave, seja com alguma dor,
Pelo caminho ou no último estertor,
Ele nos deu muito dom para o Amor.

Veio Jesus ensinar a caridade,
De coração, sem orgulho ou vaidade,
Ricos exemplos que exprimem a verdade,
Ensinamentos rumo à felicidade,

Veio Kardec como codificador,
Após dois mil anos, nosso grande educador,
Espiritismo é palavra de Amor,
Reencarnação, um toque de esplendor.

Vamos buscar essa nossa evolução,
Vamos viver essa grande inovação,
Pra depurar esse nosso coração,
Desabrochar toda boa intenção.