Justiça Divina e Justiça dos Homens

Justiça Divina e Justiça dos Homens.

Sejam bem-vindos! Somos um blog de divulgação da Doutrina Espírita em assuntos que guardam relação com o Direito e a Justiça. Nosso principal objetivo é comentar temas jurídicos da atualidade, sempre à luz do Espiritismo. Naveguem com o Mestre Jesus!

A lei de Deus é perfeita e invariável. As leis dos homens são imperfeitas e evoluem ao longo dos tempos, sendo apropriadas aos costumes e ao caráter dos povos (interpretação do blog sobre o Capítulo I, itens 1 e 2 de "O Evangelho segundo o Espiritismo)



terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Sentença condenatória de Jesus

 
 "No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo mundo. Monarca invencível na olimpíada cento e vinte ... sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS. Regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS. Pontífice sumo sacerdote, CAIFÁS, magnos do Templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CENTAURO. Cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME E SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente - EU, PÔNCIO PILATOS, aqui presidente do Império Romano, dentro do palácio e arqui-residente julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e Galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajuntando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Galiléia, dizendo-se filho de DEUS E REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do Sacro Templo, negando os tributos a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz nos ombros, para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homícidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao Monte da Justiça chamado de CALVÁRIO, onde, crucificado e morto, ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este títuto: JESUS NAZARENUS, REX JUDEORUN. Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a justiça por mim mandada, administrada e executada com todo rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob pena de rebelião contra o Imperador Romano. Testemunhas da nossa sentença: Pelas doze tribos de Israel: RABAIM DANIEL, RABAIM JOAQUIM BANICAR, BANBASU, LARÉ PETUCULANI. Pelos feriseus: BULLIENIEL, SIMEÃO, RANOL, BABBINE, MANDOANI, BANCUR FOSSI Pelo Império Romano: LUCIO EXTILO E AMACIO CHILCIO
 
 
Comentários de Espiritismo & Direito
 
           Embora não tenhamos encontrado provas da autenticidade desse texto que circula amplamente pela Rede, não se pode negar que representa muito bem as notícias que, principalmente, os Evangelistas deixaram sobre a decisão que decretou a condenação do Mestre Jesus.
           Não destoa também das notícias dos amigos espirituais, como tantas que se extrai da obra de Emmanuel.
           Num mundo em que Direito e Justiça ainda se distinguem, pode-se dizer seguramente que, se alguma fidelidade guardar ao verdadeiro documento condenatório, além da sentença mais injusta de todos os tempos, certamente, podemos classificá-la como uma atrocidade jurídica, uma nulidade que não seria tolerado em tempos modernos e nações democráticas.
           Jesus não teve direito à ampla defesa e ao contraditório: não há menção a processo ou ao exercício do direito de defesa.
           Fundamentação frágil e genérica ao citar os "Decretos e Leis Romanas". Quais decretos, leis e dispositivos aplicáveis a cada acusação?
            E a pena? Onde estava prevista?
           Ausência de provas e grave ofensa ao princípio da presunção de inocênncia: nenhuma prova dos fatos foi mencionada pelo julgador Pilatos. E as testemunhas, poder-se-ia argumentar? São testemunhas do ato processual sentença e não dos fatos que levaram à sua prolação.
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            Neste Natal, em que comemoramos mais um Aniversário de Jesus, pode parecer contraditório lembrar do ato que levou ao Seu desencarne. Mas estamos falando do Mestre que a cada dia nasce em mais corações, que foi incompreendido durante sua passagem pelo corpo material e, no dia em que o deixou, só nos deu mais um exemplo entre tantos que marcaram Sua passagem pela Terra, ou seja, na verdade, com o Seu sacrifício, nasceu mais um pouquinho para a Humanidade terrena.