Justiça Divina e Justiça dos Homens

Justiça Divina e Justiça dos Homens.

Sejam bem-vindos! Somos um blog de divulgação da Doutrina Espírita em assuntos que guardam relação com o Direito e a Justiça. Nosso principal objetivo é comentar temas jurídicos da atualidade, sempre à luz do Espiritismo. Naveguem com o Mestre Jesus!

A lei de Deus é perfeita e invariável. As leis dos homens são imperfeitas e evoluem ao longo dos tempos, sendo apropriadas aos costumes e ao caráter dos povos (interpretação do blog sobre o Capítulo I, itens 1 e 2 de "O Evangelho segundo o Espiritismo)



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desarmamento é o caminho e não se faz apenas pelo banimento das armas, mas também pela influência psíquica de hábitos saudáveis e pacíficos


A tragédia de Realengo no Rio de Janeiro marca e choca pelas circunstâncias. O enredo é bem conhecido e já aconteceu inúmeras vezes em outros países, sobretudo nos Estados Unidos.

O Brasil é um país solidário e todos vão orar pelas crianças arrebatadas desta vida de forma violenta, abrupta e inesperada. Não faltarão colos amigos para confortar as famílias, os feridos serão amparados, corações generosos vão doar sangue, médicos comprometidos com seu sacerdócio vão se desdobrar, os governos vão apoiar e tudo será feito para que as vítimas e famílias sobrevivam e retomem suas vidas sociais.

Mas neste momento triste e difícil, em que a consternação e a perplexidade tomam conta do Brasil, também é hora de reflexão e união de pensamentos entre os homens de bem.

É preciso hastear uma bandeira, que já deveria ter voltado a ser erguida há muito tempo, cuja melhor palavra para estampá-la é DESARMAMENTO. E desarmamento não apenas no sentido próprio da palavra, mas também em uma acepção mais matafórica.

Em sentido próprio, já passou da hora da sociedade retomar a discussão em torno da proibição da comercialização de armas de fogo e munições. Mais de cinco anos se passaram após o referendo sobre o assunto, ocorrido em 2005, e os fatos e estatísticas são mais do que contundentes para refutar os principais argumentos que fizeram sucumbir a opção pelo desarmamento.

A verdade é que comércio ilegal de armas não diminuiu e os crimes com armas de fogo só aumentam a cada dia. É muito mais fácil camuflar uma prática comercial ilegal, quando se tem o comércio legalizado para servir de véu e ocultar o clandestino. Ademais, caso não se dê uma chance à opção pela proibição do comércio de armas de fogo e munição, nunca será possível saber se a melhor solução não é a contrária da que se optou no referendo popular de 2005.

Mas além das medidas que podem ser tomadas para tirar as armas de fogo do alcance de pessoas acometidas de psicopatias, dependências químicas, delinqüências ou mesmo desamor, o maior e mais importante desarmamento é o psíquico. Isto inclusive em relação às pessoas comuns, em estado mental de sanidade, que não estão ilesas a desequilíbrios futuros, ainda que momentâneos.

Filmes e desenhos animados violentos, músicas agressivas, artes degradantes, fundamentalismo religioso, a cultura da bebida alcoólica em demasia, o consumismo desenfreado e inconseqüente, só para mencionar alguns produtos e costumes de nossa sociedade contra os quais está ao alcance dos homens de bem lutar.

Estejamos certos de que, trabalhando sempre para que estes infortúnios sejam extirpados da sociedade, estaremos militando firmemente pela reforma íntima dos indivíduos. Pessoas desarmadas interiormente agem melhor, ficam longe das drogas, são avessas a práticas criminosas, tornam-se mais solidárias, amam ao próximo e a si mesmas.

Artes, hábitos e costumes pacíficos, vida em família, educação de qualidade, uso sustentável das coisas da natureza, consumo mais consciente, religiosidade tolerante, entretenimentos saudáveis, eis os caminhos para o desarmamento mental dos indivíduos.

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